Durante a noite, acorda com suores, buscando na cama o corpo amado, que em seus sonhos a aquecera.
Abre os olhos, tonta de desejos, erguendo os seios que palpitam por beijos.
Quer serenar o espírito, mas a carne não deixa.
Profere palavras eróticas num segredo da boca.
De cima da mesinha retira um perfume e fica a sentir o aroma. Então, delicadamente deita algumas gotas na pele do braço, no pescoço colhendo o cheiro no ar.
Quer despir-se. As mãos seguem por dentro das vestes íntimas de dormir. Os dedos chegam à calcinha branca. Retira-a. Aprecia a maciez da pele nua. Apalpa as nádegas. Fecha os olhos. Uma das mãos sobe aos lábios. Umedece-os para sentir os dedos no contorno do batom. Suspira.
Não tem pudores. Está já sem a parte de cima da roupa. Em pé de perfil e ternamente vai acariciando os seios intumescidos. Os olhos fechados sentem a emoção da pele sendo tocada. Palpita de prazer toda ela. É uma mulher se conhecendo. Livre de pecados. Em anseios de amor.
Imagina-se nos braços amados. Treme de excitação. Abala-se ante os desejos que sente. Tem a expressão natural mesmo assim de alguém que se sabe amada. Dar uns passos em direção à cama e despida cobre-se com o lençol num desejo arrebatador de sonhar fazendo amor.
Um comentário:
teresa,
que coisa mais linda! confessional, intenso, fêmeo como convém a um bom texto.
meu carinho,
anderson fabiano
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