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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mulher, mulheres

Foto Google

Levanta-se, balança a saia, deixa intuírem a cor da calcinha, e caminha pela passarela estreita entre as cadeiras do auditório. São 22h; e a mulher fora solicitada a comparecer no palco.
Olha com um belo sorriso no rosto, por onde deve colocar o salto fino da sandália vermelha. E passa em magnetismo de fulgor; a bulinar os homens nos vapores da saia; num mundo de sabores que no ar flutua; deleitando-os com a ideia de que a roupa vai subir um pouco mais.
Ela parece mais brasileira ainda. Tem o toque de mulata nos acordes mestiços do andar. A atenção dos homens, como se alguém fustigasse seu corpo com sons de batucadas, fica deserta do motivo de estarem ali.  E ela ginga os quadris subindo os degraus, um pé após outro, cada movimento erguendo um pouco da saia.
Gemidos e suspiros no silêncio das bocas, mas estão em torrentes de falas nos olhos dos machos. Uma música dentro deles feito beijos e mordidas na hora do amor, fá-los seguir o movimento sensual que balanceia ao caminhar das belas pernas da mulher. E ficam a se mexer nas cadeiras com o aroma que a fêmea abandona no ar. É uma lascívia de prazeres a que se permitem nos breves instantes da morena que passa.
E senta-se de pernas cruzadas de frente para a plateia. Oferece o entrepernas para a labareda dos olhos cobiçosos. É uma mulher derramando-se de sensualidade. Toda sedutora, toda pecado. Sorri com a graça de uma menina e os olhos camuflados de uma mulher. As pernas em meio à análise dos homens, incitando um gozo no olhar.
Põe as mãos por sobre a saia curta e desliza-as num gesto casual até o joelho; correndo os dedos numa suave carícia. Parece sentir um arrepio, pois suspira arquejando os seios. O sentido da atenção masculina esvoaçado no corpo da mulher; como se ela fosse flor esbanjando mel. E larga trocando as pernas, subindo e descendo os dedos, mexendo os quadris em cima da cadeira.
Há nela um quê de folia no espaço do auditório; arrastando vontades nas carnes dos machos. E as torneadas pernas a lançar feitiços, num jogo de conquista pela atenção dos presentes. Toda a natureza feminina exposta ao olhar dos homens.  As irresistíveis pernas no vão da saia que insinua o que tem por baixo; caminho de fogo, aroma quente de corpo de mulher.
De repente, tudo é completo suspiro!...  Ela é convidada a falar; ouvindo-se uma balada no ar!... Poesia de mulher é lira de amor.

4 comentários:

Anderson Fabiano disse...

os mistérios de uma mulher... maiores ainda, os mistérios das que sabem ser mulher.

meu carinho,
anderson fabiano

José disse...

Ontem foi dia de S. Valentim
logo desde a madrugada
tirei o dia só para mim
e para a minha namorada

Almoçamos um bom manjar
à noite fomos jantar fora
depois fomos os dois dançar
e só estou voltando agora

E mais não digo

Um beijinho, José

Anônimo disse...

Teresa,uma mulher que sabe ser mulher e esbanja essa feminilidade!Muito bonita sua cronica!Bjs,

Sylvia Araujo disse...

Sensualíssimo, Teresa! Nada como uma mulher que sabe o poder que tem.

Beijoca