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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Entre amores e versos

Os versos teciam sonhos de amores por dentro da alma...
Os mil desejos que acalentava em seus segredos: noite calma, em conversas na varanda, esquecida da chuva forte de outrora... Vagalumes dançando luzes no quintal, para perder-se entre os olhos que sonhavam...

Na palavra verde
Insinua-se a manhã
Um fruto mordido
Nos lábios amedrontados
Sabor de pecado


À noite deseja
Ser Eva no paraíso
Semeia o verso
Entre os seios expostos
À luz do luar.

Um piar de coruja ao longe- sabedoria da vida... Solta, falando à noite em linguagem muda aos ouvidos dela... E no canto da casa o pé de caju chamando-a... Acolhendo os seios que sabiam do calor da palavra querida.
Os olhos pequenos seguindo os movimentos da noite... Bulindo dentro dela com suas cores ao sabor da lua.
De onde vêm todos os sonhos? Onde se encontra a fada dos dentinhos? O relógio do tempo não dorme? Há uma terna busca por respostas em seu íntimo... Bailando em tons de poesia... Uma caixa colorida de amores infantis: sua boneca preferida, as amigas do fim da rua, o bilhete do primeiro namorado, aquela foto amarelada que ainda a enternecia...

Entre os amores
Os versos como a flor
Deixam seu perfume!

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